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História da Guitarra Portuguesa

A palavra "guitarra", não se refere a um instrumento em especial, tudo depende do país onde a empregamos.

Cada país tem a sua guitarra. Se for a Espanha, "uma guitarra" é o que nós chamamos em portugal "uma viola".
Mas, como terá aparecido no vocabulário musical a palavra GUITARRA e especificamente em Portugal.

A palavra GUITARRA, sem especificar a que tipo de guitarra no referimos, tem a sua origem

etimológica na língua Grega, "Kythara", que os latinos transformam em "Cithara".

Dentro da mitologia, existem várias lendas sobres a origem desta palavra:

   

A palavra GUITARRA, proveio de " CYTHERON " , nome de uma montanha habitada por musas.
    
    Do antigo nome " CYTHARA ", nome de ilha grega - CERIGO , paraíso da poesia e do amor,

onde existe um templo dedicado a Vénus.
    
    Atribui-se a invenção de um cordofone, um mouro/espanhol, que viveu na idade média

de nome AL-GUITAR.

Pela análise e leitura comparada, de vários documentos que abordam este assunto, é tido como certo a existência de dois tipos de guitarras, na Península Ibérica, na Idade Média: a Guitarra Mourisca e a Guitarra Latina. A primeira de forma ovalada, a segunda em forma de um oito.

Referencias exaustivas são dadas no livro de Juan Bermudo, "Declaracion de Instrumentos

Musicales" publicado em 1555, que se encontra na Biblioteca Nacional de Paris

(está escrito em Espanhol do séc. XVI e existe uma edição fac-similada na Biblioteca

Nacional de Lisboa).

Ainda hoje, muitas são as pessoas que confundem viola com guitarra. A confusão, está na

pouca identidade da cultura musical Portuguesa. Muitos são os professores que dão

"as aulas de guitarra clássica" quando o instrumento que ensinam, se chama de viola ou

violão, em Português.

Para os mais cépticos, consultar o dicionário de música, de Thomaz Borba.

Musicólogos atentos estudaram, a terminologia utilizada pelos escritores Portugueses, chegando a

conclusão, que se a palavra "viola" já era utilizada no século XV e, a palavra "guitarra" só é utilizada no século XVIII. Tem a sua lógica, porque é nesse século que a Guitarra Portuguesa, corta o seu cordão umbilical. Não como os mais saudosistas pretendem, ter estado presente em Alcácer-Quibir, batalha no norte de África onde D. Sebastião perdeu a vida, ou talvez não, em 5 de Agosto de 1578. Segundo as crónicas do frade francês Caveral, os portugueses teriam deixado ficar no campo de batalha, 10.000 guitarras. Quem analisou este documento e o traduziu para português, não teve o cuidado de traduzir a palavra "guiterne" para Viola. Assim, tendo em conta a veracidade dos documentos analisados, pode-se afirmar que primeiro apareceu a Guitarra Portuguesa (final do século XVIII), só depois aparece o FADO (como expressão musical).

Portugal é um país muito rico, nos diversos Cordofones que apresenta. Assim, além do Violão tradicional de 6 cordas, companheiro das Fadistices da Guitarra Portuguesa, existem várias violas de arame, com características bem definidas:

A Viola Amarantina (Amarante), Viola Braguesa (Braga), Viola Beiroa (Castelo Branco), Viola Toeira (Coimbra), Viola Campaniça (Alentejo), Viola de Arame (Madeira ), Viola da Terra (S. Miguel, Açores) e Violas de 15 e 18 ordens da Terceira (Açores).

Cada um destes instrumentos, tem uma afinação própria, um determinado número de cordas, enfim uma personalidade enraizada, por mãos calejadas, que os tocam com a sabedoria adquirida ao longo de gerações. Só porque são do povo e não do ambiente clássico, ninguém tem o direito de os destruir.

Gosta que lhe troquem o nome, ou o façam passar por outra pessoa?

Apesar da Guitarra Portuguesa ser um bocadinho mais velha que o FADO, não me diga que estes assuntos não são cativantes.

Recomendo o livro de Armando Simões, A GUITARRA bosquejo histórico (1974).

Assim como outros cistres europeus, a guitarra portuguesa representa tanto ao nível da afinação como ao nível da construção do seu interior e exterior um dos desenvolvimentos diretos do cistre europeu 

renascentista. Este instrumento esteve fortemente presente na música de corte de toda a Europa, mas especialmente na Itália, França e Inglaterra desde meados do século XVI até finais do século XVIII.

 

Deste instrumento existem ainda centenas de exemplares bem conservados espalhados em vários museus por toda a Europa. Os primeiros cistres com ligeiras alterações em dimensão da caixa de ressonância, braço, material das cordas, etc, divulgaram-se a partir do inicio do século XVIII como um instrumento também bastante usado pela Burguesia para interpretar música mais ao seu gosto (como suites, minuetos, modinhas, etc) e, em dado momento, nalgumas regiões também usado pelas camadas mais populares para interpretar música popular (das quais nos resta menos documentação).

 

O cistre terá, por sua vez, baseando-se no vasto legado iconográfico da Idade Média, como antepassado mais provável a cítola medieval, da qual existem várias imagens, esculturas e relatos em crônicas da época e um único exemplar num museu em Inglaterra, do século XIII.

 

O cistre inglês do século XVIII (em Portugal chamada Guitarra Inglesa), por vezes erroneamente considerada o antepassado da guitarra portuguesa, é também uma descendente do cistre renascentista, mas acrescentada de alterações substanciais, como uma afinação e uma construção interior completamente diferentes das típicas do cistre. Nao é pois um antepassado, mas sim parente próximo. O único elemento que a guitarra portuguesa provavelmente assimilou "por empréstimo" da guitarra inglesa, foi a mecânica de afinação, posteriormente alterada e aprimorada esteticamente em Portugal.

Nas suas origens remotas e mais incertas, esta família de instrumentos remonta provavelmente à cítara grega e aos primeiros instrumentos de corda com braço, dos quais os vestígios mais antigos foram encontrados na presente Turquia (não confundir com o alaúde, que é muito mais tardio e ao nível da construção e afinação, apesar das semelhanças na forma, pertence a outra genealogia de instrumentos).

 

(https://pt.wikipedia.org/wiki/Guitarra_portuguesa

História

Assim como outras cítaras europeias, como por exemplo, a thueringer ou a hamburger Waldzither alemã (ainda hoje em uso na Alemanha, se bem que escasso), ela representa tanto ao nivel da afinação como ao nivel da construção do seu interior e exterior um dos desenvolvimentos diretos do cistre europeu renascentista. Este instrumento esteve fortemente presente na música de corte de toda a Europa, mas especialmente na Itália, França e Alemanha desde meados do século XVI até finais do século XVIII.

Deste instrumento existem ainda centenas de exemplares bem conservados espalhados em vários museus por toda a Europa. As primeiras cítaras que, fundamentalmente, são um cistre com ligeiras alterações em dimensão da caixa de ressonância, braço, material das cordas, etc, divulgaram-se a partir do inicio do século XVIII como um instrumento também bastante usado pela Burguesia para interpretar música mais ao seu gosto (como suites, minuetos, modinhas, etc) e, em dado momento, nalgumas regiões também usado pelas camadas mais populares para interpretar música popular (das quais nos resta menos documentação).

O cistre terá, por sua vez, baseando-se no vasto legado iconográfico da Idade Média, como antepassado mais provável a cítola medieval, da qual existem várias imagens, esculturas e relatos em crónicas da época e um único exemplar num museu em Inglaterra, do século XIII.

A cítara inglesa do século XVIII (em Portugal chamada Guitarra Inglesa), por vezes erroneamente considerada o antepassado da guitarra portuguesa, é tambem uma descendente do cistre renascentista, mas acrescentada de alterações substanciais, como uma afinação e uma construção interior completamente diferentes das típicas do cistre e das outras citaras europeias. Nao é pois um antepassado, mas sim parente próximo. O único elemento que a guitarra portuguesa provavelmente assimilou "por empréstimo" da guitarra inglesa, foi a mecânica de afinação, posteriormente alterada e aprimorada esteticamente em Portugal.

Nas suas origens remotas e mais incertas, esta família de instrumentos remonta provavelmente á Khytara grega e aos primeiros instrumentos de corda com braço, dos quais os vestígios mais antigos foram encontrados na presente Turquia (não confundir com o alaúde, que é muito mais tardio e ao nível da construção e afinação, apesar das semelhanças na forma, pertence a outra genealogia de instrumentos).

Guitarristas

Gonçalo Paredes e Flávio Rodrigues, entre outros, foram os compositores do sec. XX mais respeitados dentro do estilo solista tradicional. Posteriormente Artur Paredes surgiu com a sua abordagem e interpretação pessoal do instrumento, ampliando a versatilidade, o reportório, a expressividade, a tecnica e até melhorando em colaboração com construtores a acústica do instrumento.

Trabalhando com a família de construtores Grácio, de Coimbra, Paredes trouxe o instrumento para a era moderna, onde ele se mantém hoje, como perfeitamente actual.

Carlos Paredes, filho de Artur Paredes e neto de Gonçalo Paredes, criou novas melodias e tornou a Guitarra Portuguesa num instrumento de concerto, tocando a solo ou em grupo com músicos de alto gabarito, como musicos de jazz como Charlie Haden, entre outros. Simultaneamente, em Coimbra, António Brojo e António Portugal e tantos outros desenvolveram tanto a Guitarra Portuguesa como o Fado de Coimbra, ultrapassando limitações anteriores, quer na composição quer na improvisação. Carlos Paredes fez pela composição o que seu pai fez pelo instrumento propriamente dito.

Será também de referir o papel fundamental de Pedro Caldeira Cabral na divulgação a nivel internacional da Guitarra Portuguesa como instrumento solista e em portugal a vários níveis, nomeadamente na compilação e publicação de "A Guitarra Portuguesa", editado pela Ediclube, e na composiçao, nos arranjos e interpretação de repertório erudito para a Guitarra Portuguesa.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 

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